A importância dos Blogs para as Editoras! - texto de Getttub.com

sábado, 18 de março de 2017
 Hey doces, estamos em um período bastante agitado, e quem é blogueiro (a) sabe muito bem do que estou falando: Seleções de parceiros em Editoras, contratos, aquela expectativa de ser chamado ou não?! Mas o que a gente acaba percebendo, é que muito disso não é nem um pouco relevante, ou seja, muitas Editoras, estão, muitas vezes, preocupadas de mais com o número de seguidores em suas redes sociais e nem sequer olham a qualidade dos posts. É por isso e outros pontos de vista que eu vim compartilhar o texto do Blog www.gettub.com . Espero que gostem! Vale muito a pena ler!

           
 "Esta semana, presenciei algo triste. Muitos blogs e canais aceitaram se sujeitar a prestar um serviço gratuito com a esperança de conseguirem parceria com uma editora. Isso me fez lembrar que valor é algo relativo. Para alguns, algo pode ter muito valor, enquanto para outros, esse mesmo algo pode representar pouco valor. Entretanto, o valor sobre aquilo que você faz, ou produz, ou fabrica, é você quem define. Se você não se valorizar, ninguém vai acreditar que o que você oferece vale a pena.

Hoje em dia, o que existe no relacionamento entre as editoras e os blogs, ou canais, é uma inversão de valores. Algumas editoras agem como se os sites literários precisassem delas para produzir conteúdo, como se fizessem um favor criando parcerias e mandando livros para resenhas ou divulgação. Bem, isso é o contrário da verdade.

Blogs e canais não precisam das editoras para nada. Eles, nós, precisamos de livros. É sobre os livros que falamos. Quem produz os livros, é irrelevante. Pode ser qualquer editora. Pode ser uma gráfica. Pode ser em formato eletrônico, e aí nem de gráfica ou editora precisamos. Um autor pode produzir seu próprio livro.

Algumas editoras realizam um trabalho diferenciado na produção de um livro. Capa dura, papel com uma gramatura melhor, gravuras, etc. Mas no fim, o que realmente importa, é a história. Ninguém guarda um livro bonito na estante que contém páginas em branco. Ele precisa contar algo, precisa passar algo para o leitor. E nesse papel, as editoras possuem apenas um papel agregador: elas contratam diversos profissionais, que também podem ser contratados pelos autores, como revisores, diagramadores, desenhistas, críticos, entre outros, para realizarem as etapas de produção de uma obra. Até mesmo a distribuição em livrarias, físicas ou virtuais, pode ser feita por qualquer empresa que emita uma nota fiscal.

Muitos donos de blogs e canais, independente do tamanho ou número de seguidores, não têm ideia do valor que representam para as editoras. Elas são empresas comerciais, que precisam vender para se manterem abertas. A propaganda de um livro na mídia especializada é extremamente cara, independente se for impressa, na rádio ou televisão. Até mesmo os banners em sites de grande acesso são caros, muito caros. Na ordem de milhares de reais. E, mesmo assim, essas propagandas não atingem um público específico, elas são dispersas. Ou seja, se uma editora paga por um comercial de televisão, quem vê esse comercial pode nem sequer gostar de ler.

Aí que entram os blogs e canais literários. Aí que entram as parcerias e a inversão de valores. Quando uma editora manda um livro para um blog resenhar, o objetivo é fazer propaganda desse livro. E essa propaganda é vista cem por cento pelo público alvo. Não há dispersão. Todos que acessam o post da resenha, gostam de ler e podem se interessar em comprar o livro. Mesmo que sejam apenas cinquenta pessoas. Se cinco comprarem o livro, a editora já saiu no lucro. Por quê? Porque o custo de um livro beira a ordem de dez reais, enquanto é vendido pelo dobro, no mínimo. Se a propaganda de UM blog vender cinco livros, a editora lucrou dez vezes mais. Agora, multiplique isso por centenas de blogs. Por milhares de acessos.

Entendem a dimensão do negócio?

As editoras atingem esse público ao custo de um livro por blog. É a propaganda mais barata que existe. É a mais centralizada em um público alvo. É a que traz menos prejuízo para quem contrata, no caso, as editoras. Enquanto os blogs, canais, os veículos que tornam isso possível, são induzidos a pensarem que são eles que precisam das editoras.

Se as editoras simplesmente desaparecessem de uma hora para outra, sabem o que aconteceria? Nada! Os autores continuariam a escrever e eles próprios venderiam seus livros. Ou contratando gráficas, ou em formato eletrônico, ou pela internet. Enquanto que os blogs e canais, continuariam a ter sua importância para disseminarem a obra e a tornarem conhecida e vendável.

Então, valorize seu trabalho, valorize seu canal, valorize seu blog. Não se deixe levar a considerar que precisa se sujeitar a algumas editoras que se aproveitam da boa vontade e da inexperiência de alguns donos de sites literários, para criarem uma rede de propaganda quase gratuita, enquanto elas economizam fortunas. Crie conteúdo de qualidade, escolha o que deseja ler, não o que mandam para você ler, calcule seu valor, exija o respeito que seu trabalho merece, porque se você não o fizer, ninguém fará por você.

Lembrem-se: nós não precisamos das editoras. Nós só precisamos de livros!"

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